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TRON: Ares (2025)


Tron Ares chegou aos cinemas e por aqui já fui espreitar. Gosto muito da peculiaridade do filme original e gostei o suficiente da sequela para me aventurar uma terceira vez. É uma trilogia separada por décadas, literalmente, com cada capítulo a surgir mais de dez anos depois do anterior. Cada um conta a sua própria história, mas todos partilham o mesmo fio condutor, o que dadas as circunstâncias já é um feito por si só.

No final das contas, gostei deste terceiro capítulo. Mas enganem-se se acham que vão sair daqui com uma lição de vida ou a repensar os vossos ideais. Não é esse tipo de filme. Os temas são os mesmos que moldaram os anteriores: a conexão entre o digital e o real, a consciência de que a vida é mais do que aquilo que percebemos e, claro, a clássica história à Pinóquio, neste caso de uma entidade virtual que quer tornar-se real.

Tron Ares segue a regra da casa. Não tenta ser gigante, mas entretém do início ao fim. Não é excelente, não é incrível, nem muito bom, mas é bom. Uma experiência sólida, com uma banda sonora fenomenal (como seria de esperar tendo os Nine Inch Nails envolvidos), uma imagem forte, efeitos visuais de grande nível, raros nos dias que correm, e ainda uma conexão inesperada com o filme original.

A base está lá. A construção podia ser mais épica. Fico a imaginar o que seria isto nas mãos de um Denis Villeneuve, pelo menos visualmente seria de outro planeta. Quanto a Jared Leto, o ódio parece continuar, mas honestamente por aqui não afeta. Não o acho genial, mas também não o acho o monstro que pintam. E aqui passa o tempo quase todo em modo Terminator, o que até resulta.

No fim do dia, o que é que realmente importa? Que meia internet grite “este filme é uma m**da”? Ou que eu tenha passado um bom bocado na sala de cinema, o que com um pequenito em casa já é uma vitória por si só? Acho que a segunda opção soa bem melhor. Os outros podem continuar a gritar, mas cuidado, não se arranhem nas cordas vocais.



 

Peacemaker - Temporada 2 (2025)


O Peacemaker dividiu-se em dois… literalmente, nesta nova temporada que o reintroduz como parte integrante da nova DCU de James Gunn. Tive oportunidade de ver antecipadamente os cinco primeiros episódios — sobre os quais já escrevi para o site Café Mais Geek — mas agora chegou a altura de encerrar a temporada completa.

Novos universos, personagens duplicadas, uma temporada dividida em dois arcos bem definidos… há muito para descobrir nesta nova fase de Peacemaker, marcada pela busca de Smith pela sua própria redenção. A ligação à nova DCU está feita, e o resumo inicial da primeira temporada ajuda bastante a contextualizar. Várias personagens introduzidas recentemente em outros projetos regressam, e a série mergulha de cabeça na temática dos universos paralelos. A estrutura mantém-se fiel ao original: série adulta, visualmente forte, com linguagem afiada e o humor peculiar que já é marca registada.

Esta segunda temporada é claramente o início de algo maior. No entanto, o final não me deixou totalmente satisfeito. Os primeiros cinco episódios funcionam como uma reintrodução sólida, mas os últimos três, embora continuem a expandir os universos paralelos, acabam por abrir um buraco gigantesco para o futuro da série e da própria DCU. E não, não é o tipo de buraco do filme do Superman — aqui o problema é que tudo termina demasiado em aberto. Fiquei com aquela sensação de “tenho a certeza que ainda falta um episódio”… mas não, acabou mesmo.

Ainda assim, esse último episódio deixou-me em pulgas para saber quando chega a próxima temporada — ou o próximo capítulo que vai aproveitar aqueles minutos finais explosivos.

Continua a ser uma excelente série: alto valor de produção, elenco de luxo, história de banda desenhada completamente tresloucada, adulta, com momentos inesperados e chocantes. Faz o caminho certo na reintrodução da personagem, agora num universo totalmente novo. Recomendo vivamente.



Alien: Earth (2025)


Isto foi, provavelmente, a melhor coisa relacionada com Alien que vi nos últimos anos! Alien: Romulus foi incrível no cinema e trouxe de volta momentos dignos da franquia, mas deixem-me dizer-vos uma coisa… esta série foi além. Conseguiu fazer-me reviver sensações que só tinha sentido nos dois primeiros filmes: a claustrofobia, a luta impossível, os seres incompreendidos, os inimigos infalíveis… aquela sensação de que a vitória pertence sempre ao inimigo — e o inimigo é quem menos esperas. Está cá tudo. E está delicioso.

Alien: Earth é tudo o que eu não esperava — e talvez por isso tenha sido tão espetacular. Há episódios que me deixaram a coçar a cabeça com certas decisões da equipa, é verdade. Mas depois há outros… meus senhores e minhas senhoras, há outros que são pura essência Alien. Momentos retirados diretamente do ADN da saga, intensos e aterradores como manda a tradição.

Uma série de luxo. Fiquei completamente rendido. E se vai haver mais, espero apenas uma coisa: que não estraguem o que podia ter sido deixado, perfeitamente, assim mesmo. 



Black Rabbit (2025)


Duas grandes estrelas, um elenco secundário de luxo e uma história que surpreende do início ao fim. Black Rabbit é dramática na medida certa — profunda, por vezes arrebatadora — mas com uma pitada de humor e uns bons momentos de choque pelo caminho.

Vi esta série quase por acaso, depois de ver o episódio do Hot Ones com o Jason Bateman. E ainda bem que o fiz. Foi uma bela surpresa. Não é perfeita (há ali umas decisões de personagens que pedem um “mas porquê, senhor?”), mas mantém-se sólida do primeiro ao último episódio.

São oito capítulos consistentes, com Jason Bateman e Jude Law a trocarem de registos de forma brilhante. Curiosamente, à primeira vista os papéis pareciam feitos um para o outro… ao contrário. Mas o resultado não podia ser melhor.

Uma excelente surpresa — com momentos que até fazem lembrar The Bear — e mais uma prova de que Jason Bateman está mesmo a criar o seu próprio território neste tipo de séries.



Predator (1987)


Predator
é a definição de ação dos anos 80: músculos, explosões e uma pitada de ficção científica que começava a conquistar de vez os amantes de cinema. Junta-se a isto algumas das caras mais icónicas do género, música marcante e a selva amazónica como palco perfeito para o duelo de caçador contra presa. Mas fica sempre a pergunta: quem é realmente o caçador? Com o nível quase extraterrestre de Schwarzenegger nesta fase da carreira, não é assim tão óbvio quem leva a vantagem.

É uma luta de igual para igual. O predador vem do espaço em busca de um rival digno… e encontra Dutch, o personagem de Schwarzenegger, que se ergue acima do grupo e consegue enfrentar — e derrotar — talvez a criatura mais poderosa do universo. É simplesmente magnífico.

E tudo isto feito com meia dúzia de atores, uma única localização longe de qualquer distração e efeitos práticos de primeira, misturados com alguns VFX que envelheceram surpreendentemente bem. A simplicidade aqui não limita: enriquece. É a prova de que menos pode ser muito mais, ao contrário de tantos outros filmes que tropeçam por tentar ser maiores do que realmente conseguem.



Marvel Zombies (2025)


Pegar num dos melhores episódios de What If…? e transformá-lo numa minisérie completa foi… digamos, de génio! São 4 episódios que seguem diretamente a história da outra série. E como What If já é antológica, torna-se ainda mais fácil devorar isto tudo de uma vez. A narrativa entrelaça-se bem com o que a MCU tem mostrado nos últimos anos: Shang-Chi, Ms. Marvel, a nova Hawkeye, Riri… todos a dar um ar da sua graça. Personagens que adoro e de quem quero ver muito mais.

Mas falta aqui aquele detalhe que rebenta com tudo, não falta? Para alguns pode ser irrelevante, mas para mim foi suficiente: termos Blade a dividir o ecrã com Moon Knight… e com cara de Mahershala Ali! Se isto não é um sinal de que o filme ainda vem aí, vou ficar mesmo chateado. A animação é um híbrido entre o estilo de What If e as novas escolas modernas, onde os efeitos ultrapassam o realismo e se transformam numa extensão natural da ação. Finalmente acertaram no tom — já estava na altura, depois de uma primeira série que descarrilava mais depressa que um comboio sem travões. O resultado? 

Uma minisérie cheia de carisma, simples mas sólida, com qualidade visual e espaço para dar destaque a personagens quase esquecidos das fases recentes. Para mim está perfeito assim. Só espero que venha aí uma segunda temporada, porque ficou muita coisa por contar.



Wednesday - Temporada 2


Sinto que Wednesday é uma das formas mais inventivas de expandir e explorar o universo sombrio da Família Addams. Há tanto por descobrir nesta família tenebrosa que qualquer oportunidade de mergulhar nesse mundo é bem-vinda. Adorei a primeira temporada e continuo genuinamente entusiasmado por ver mais. Mesmo quando a série se encosta um pouco demais ao conteúdo mais teen, continua a ser uma bela experiência.
 
A proposta é clara: meter o espectador no centro de uma ação tresloucada, recheada de fantasia, monstros e ainda com uma pitada deliciosa de investigação. E funciona. É realmente interessante o que está a ser construído aqui.

O que não faz sentido — e nunca fará — são estes modelos de lançamento às fatias, sem grande lógica. Ou tudo de uma vez, ou semanal. Agora isto? Nem carne nem peixe.

Jenna Ortega continua incrível e tem nesta temporada momentos em que brilha mesmo a sério. A postura dela encaixa perfeitamente na personagem. E o restante elenco mantém-se exímio a dar vida a estas figuras tão icónicas.

Wednesday é obrigatória. Não é perfeita — porque por vezes afunda-se um pouco demais no drama adolescente — mas os valores de produção, o estilo e a ousadia estão todos lá. Uma das propostas mais sólidas da Netflix... e das mais merecedoras do play.



The Conjuring: Last Rites (2025)


Quatro filmes depois — e uma colecção respeitável de spin-offs — a saga The Conjuring chega ao fim… pelo menos no seu núcleo. Se vamos ter mais histórias paralelas ou não, já é outra conversa.

O quarto filme carrega no interruptor de off, focando-se no resto da vida dos Warren. Mantém a linha de histórias “baseadas na realidade”, desta vez centrando-se num mistério em torno de um espelho — que, curiosamente, é o objeto que dá nome a toda a franquia. Sempre gostei desse toque de “realismo” na saga. A pitada certa de ficção em cima das alegadas histórias verídicas dá um sabor de prato tradicional de terror. Bem servido, mesmo que nunca propriamente assustador. (Aliás… nenhum deles o é.)

Ainda assim, é uma história bem contada. Os dois primeiros continuam a ser os meus favoritos — ao contrário dos spin-offs, onde curiosamente prefiro as sequelas aos originais.

The Conjuring fecha bem. Não é com chave de ouro, mas é, vá… uma chave de prata. Fecha a porta daquela sala do mal com alguma dignidade. E se voltarem a abri-la no futuro? Lá estarei. Esta foi daquelas sagas que acompanhei sempre no cinema — e não é agora que vou saltar o próximo susto.

Bring Her Back (2025)


Depois de Talk to Me me ter colado ao ecrã, não podia falhar o novo filme desta equipa! E deixem que vos diga: já há muito tempo que não me sentia tão concentrado e investido numa história como aqui. Agora… o desfecho? Hm, esse já não sei se me convenceu. Sabem quando acontece algo que vos faz pensar “ok, se eles foram por aqui, então tudo é possível”? Pois, mas… afinal não é. Fica aquele travo a oportunidade desperdiçada. Ainda assim, todo o filme é incrivelmente viciante — daqueles que piscas e já estás no fim.



Eyes of Wakanda


Chegou mais cedo do que o esperado! Eyes of Wakanda estreia com 4 episódios numa aventura semi-antológica que acerta em cheio. Cada episódio funciona de forma sólida por si só, mas juntos constroem uma prequela perfeita para o primeiro Black Panther. A Marvel tem vindo a apostar forte nas animações — e desde X-Men '97 que anda num bom caminho. Nem tudo está bem no reino da Marvel, mas este lado animado? Esse está de excelente saúde!



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